quarta-feira, agosto 31, 2005

How Can I Keep From Singing? "Shepherd Moons"

Viva! Hoje regresso a este espaço de reflexões, porque para isso está a minha mente virada. Para "produzir" estas reflexões preciso da disposição certa para tal, e hoje creio que é um dia propício… quando digo que é um "dia propício", quero dizer que é um dia onde sinto a necessidade de voltar a descarregar sentimentos… aliás, já há uns dias que venho amadurecendo esta vontade. Não é que me sinta "triste", como já tenho confessado noutras reflexões, é diferente… não é o sentimento de tristeza que me assola hoje, mas um sentimento de vazio… aquela sensação que apesar de voltar a recuperar a confiança em mim próprio, creio que em nada contribuo para melhorar a vida a ninguém, ou se contribuo é pouco. Seja como for, não me agrada este sentimento… por isso, para ver se consigo tornar-me útil (pelo menos para os visitantes deste blog), apresento aqui mais uma canção de Enya. Para hoje escolhi "How can I keep from singing?" do álbum "Shepherd Moons". É uma canção cujo significado pode ser difícil de se "apanhar", mas para mim, a canção fala de esperança… numa vida que segue uma interminável canção (as vicissitudes da própria vida), mas apesar disso, a pessoa recusa-se a deixar de cantar. Para mim, além de esperança, esta canção é um apelo… um apelo para nunca se desistir. Por vezes o ser humano complica demasiado, e torna complexos, aspectos da vida que o não deveriam ser… depois vem o sofrimento, a amargura… por vezes o querer acabar… simplesmente desistir e colocar um fim na vida. É óbvio que isso é um erro que as pessoas cometem, é claro que já tenho tido as minhas fases menos boas, mas desistir completamente nunca me passou minimamente pelo sentido… nunca se deve deixar de cantar. Por muito más que as coisas estejam… temos de manter a esperança… este é o significado que retiro desta canção…


A minha vida segue numa interminável canção
Acima das lamentações da terra,
Eu ouço o distante, mas real hino
Que agracia uma nova criação.

Por entre todo o tumulto e a descórdia
Eu ouço a sua música a tocar
Soa um eco na minha alma
Como posso deixar de cantar?

Enquanto a tempestade ruge alto,
Eu ouço a verdade, que dá.
E apesar da escuridão me cercar de perto,
Canções na noite são dadas.

Nenhuma tempestade pode abalar a minha paz interior
Enquanto vou subindo aquela rocha.
Uma vez que o amor é o senhor do céu e da terra
Como posso deixar de cantar?

Enquanto tiranos tremem com os seus medos
E ouvem a sua morte a aproximar
Enquanto amigos rejubilam perto e longe
Como posso deixar de cantar?

Numa cela de prisão e masmorra vil
Os nossos pensamentos para eles voam,
Quando amigos pela vergonha são imaculados
Como posso deixar de cantar?


--
Posted by john to Reflexoes at 8/31/2005 09:31:00 PM

5 comentários:

Anónimo disse...

My guardian angel,
Angel of my secrets,
Meu querido Amigo,
Uma reflexão muito sentida... mas alegra-me a esperança que em cada palavra escrita vislumbro...
Estás de novo numa fase de inspiração... fico feliz :-)
De resto vai um pouco ao encontro das conversas que temos vindo a partilhar ao longo dos últimos dias...
Gostei muito de te ler... aliás tens sido, para além do meu anjo protector de segredos, o meu companheiro todas as noites, pois tenho tido por companhia a leitura dos teus belos textos, uma cópia perfeita do teu sentir... imortalizado em brancas folhas de papel guardado ;)
Bjx

Escrito por: Nadir em 2005/09/01 - 11:48

Anónimo disse...

Olá, é a 1ª vez q venho ao teu blog, descobri-te no blog da minha prima AngelWings. Há momentos em q nos sentimos inuteis perante a vida..mas cabe-nos fazer isso mudar..Pensar em tds as pessoas q gostam de nós e contam connosco qd precisam de alguém..pois isso ker dizer q somos úteis..Espero q esse sentimento mude rapidinho.Beijinho grande.

Escrito por: andrye em 2005/09/06 - 11:24

Anónimo disse...

Não tarda nada vou conseguir ouvir as musicas no PC lá de casa... :-)
Bjxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Escrito por: Nadir em 2005/09/07 - 11:39

Anónimo disse...

Ola João....Finalmente volto ao teu Blog!Deixo-te aqui "algo" q escrevi há uns dias.Quem sabe te diz alguma coisa...Um xi grd da iSa

....e de repente, o Verão deixou de ser um doloroso deserto de chamas e de seca. Algo surgiu com nome de Setembro, uma doçura esquecida, o peito acalmado dos rituais de dor, de novo um renascer com pássaros, brisas marítimas modelando a cidade. Calada, ouvi o som da Música e choveram-me lágrimas pacíficas pela cara. Estava tudo bem, afinal. De novo o Lugar das Coisas e dos Sentimentos. Mudados e enfim, Crescidos. Tinha sobrevivido e finalmente, sentia q VIVIA!
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.....e assim, o suave calor de Setembro trouxe até à Cidade os cheiros do feno seco nos campos. Tambem a doce decomposição das flores nas árvores. Uma Paz há mto perdida, surgiu sorrateira e no sono, um Sorriso. Percebi então q as feridas se tinham curado.Era altura de descansar. E de reencontrar o Espaço Saudável dos Amigos..
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Sinto-me como uma Lagarta que se tornou numa Borboleta. A metamorfose causou-me MT sofrimento...mas agora...VÔO!!!!

SET 05



Escrito por: iSaCâmara em 2005/09/17 - 01:08

Anónimo disse...

Nossa , quanto sentimento, tuas palavras aqui brotam como a melodia dessa musica que ouço(Evening falls), ela nos leva, a sentir profundamente as palavras as imagens, que são tão nitidas profundas ,perfeitas, reais, , sem palavras pra descrever o que senti ao entrar aqui, rs.. é como se fosse uma terapia para a alma, eu sinto minh'alma chorar, e estremeçer por dentro, como que se acordasse de um sono profundo, e desse um suspiro de alivio, dor,um suspiro de reavivamento,.. me conduz a um campo lindo planos de relvas verdes, bem verdinhas, que sinto o ar entrar pelas narizas abastecendo meu vigor (nossa escrevo isso com um nó apertado na garganta), e sinto que tua alma não descreveu as palavras que li por engano, abraços, saudosos e agradeçidos por fazer minha alma suspirar mais alto...

Escrito por: Paulinha Pinheiro em 2005/09/18 - 03:05